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Elementos de BDSM: Prazer e Dor

Desde muito cedo que o prazer e dor andam de mãos dadas, é uma linha ténue já antes defendida por vários psicólogos.

Porque será que toda a situação quando somos pequenos e a mãe vem atrás de nós para nos bater com um chinelo, acabamos por sempre por nos lembrar disso anos mais tarde. Mas melhor ainda é quando essa situação nos começa a dar prazer e queremos associar prazer e dor.

Nesse caso, posso dizer que o prazer e dor, estão associados ao sadismo.

O Sadismo consiste em magoar ao máximo o nosso submisso, e através dar dor causada o dominador sente prazer com essa situação.

Prazer e dor- Situações de prazer

Tal como acima referido, vou-vos dar exemplos de situações em que o prazer e a dor andam de mãos dadas!

  • Palmadas- há pessoas que realmente adoram palmadas, umas com mais força outras nem tanto, mas esta situação é das mais conhecidas. Claro que quando se fala em dar ou receber palmadas, está tudo no contexto sexual e não no dia-a-dia, é bom que esta situação fique bem definida, enquanto sadismo, o prazer está em ter e não há nada melhor do que ser penetrada por trás pelo nosso parceiro sexual e no cume do prazer pedir-lhe para nos dar umas boas palmadas que nos façam gritar de dor mas ao mesmo tempo de prazer!
  • Puxar o cabelo- como é óbvio, o mais normal nesta situação deparamo-nos mais com mulheres que tenham o cabelo comprido e que pensam para serem puxados. A dor de puxar o cabelo é algo inexplicável, enquanto mulher não sei mesmo como dizer porque gosto tanto que o façam apenas sei que gosto e quero sempre que estou de quatro e o meu parceiro sexual me está a penetrar.

Tal como estava a explicar acima, o Sadismo é uma forma de fantasia ou fetiche sexual. As pessoas que se excitam e têm prazer através da dor só assim conseguem atingir um orgasmo e ter realmente prazer durante o acto sexual.

Todos os actos levados a cabo por uma pessoa sádica (dominador ou dominadora), devem de ser feitos a alguém submisso/a) que consinta. Infelizmente, ainda há relatos de muitos casos, em que o sádico só obteve prazer torturando uma pessoa sem o seu consentimento.

Mais uma uma vez, volto a relembrar, todas as situações de dominação e submissão, sadismo, masoquismo, Bondage, mesmo que feito de forma leve, devem de ser discutidas e faladas entre o casal, parceiros ou companheiros sexuais.

A definição de regras e limites entre os dois envolvidos deve de estar extremamente delineada e a palavra de segurança deve de ficar definida antes de qualquer acto.

Quando essa situação estiver bem resolvida, façam o favor de aproveitarem e terem uma ou mais noites sexuais em que o prazer e dor, estejam presentes!

Se decidirem que o homem será o dominador, não se esqueçam dos exemplos acima referidos, puxar o cabelo e levar palmadas, dar-vos-á mais prazer do que alguma vez possam ter sentido. Se por outro lado, a mulher for a dominadora, usem e abusem do vosso poder!

O que é o Shibari

Hoje vou-vos falar de uma Técnica de Bondage vinda do Oriente, directamente oriunda do Japão, o Shibari, significa atar.

Não sei a vossa opinião, mas pessoalmente adoro a cultura japonesa, os Samurais e toda a sua elegância e “dança” com a espada. O Shibari não é diferente, este consiste na beleza de atar o outro, de forma sensual, os padrões criados durante o processo são geométricos e são feitos de forma a que as curvas da pessoas que está a ser atada, submisso/ mulher ou homem, esta técnica milenar presa por estar feita de forma a identificar e permitir que as curvas do corpo humano fiquem delineadas.

No Shibari, o submisso é a tela do dominador, a ideia desta técnica é provocar o desconforto na pessoa amarrada e ao mesmo tempo, apanhar pontos em que a pressão possa mesmo dar um orgasmo.

As cordas utilizadas no Shibari, têm por norma, 7 metros de comprimento, e são feitas com fibras naturais de arroz e palha, linho e juta, estas são as “cordas originais”, depois terá as normais que, normalmente, são de algodão, nylon e polipropileno.

Breve Explicação da Origem do Shibari

Antes de se chamar Shibari, a arte milenar japonesa, tinha o nome de Hojojutsu e posteriormente, Kinbaku, e eram formas de imobilizar o inimigo, no antigo Japão Feudal, podem não acreditar mas este era um dos métodos utilizados, para torturar e massacrar os prisioneiros de guerra.

Devo ainda referir que, as amarrações variavam de acordo com a hierarquia social de cada prisioneiro. A honra e o respeito, são muito importantes para a cultura Japonesa, por isso, até mesmo os seus prisioneiros eram respeitados e a sua classe social

Hojojutsu, tal como já foi referido acima, consiste na arte de amarrar, mas não são utilizados nós, esta técnica permitia que o prisioneiro pode-se alimentar-se e até mesmo andar, mas restringia a fuga e mobilidade até certo ponto!

Utilizando a mesma técnica, mas de outra forma, a amarração causava dor, falta de ar,  e podia até mesmo matar, caso o prisioneiro, tentasse libertar-se!

O segundo nome acima referido, Kinbaku, foi o segundo nome dado à arte milenar, de forma a que esta fosse conhecida como uma técnica de amarração mas com teor sexual, visto que o Hojojutsu é uma arte marcial!

Nos anos 50, o ilustrador japonês Ito Seiu, publicou vários desenhos, e referi-os como Kinbaku, recebeu então a alcunha de “pai do Kinbaku”, e durante vários anos, a técnica de imobilização sexual ficou assim conhecida, só nos anos 90 é que ficou então com o nome de Shibari.

O Shibari consiste na arte de amarrar os submissos, mas ao contrário do Bondage, cujo único objectivo é a humilhação, dor e tortura, a arte de amarrar torna-se numa “pintura” em que o corpo é uma forma de espalhar as cordas de forma geométrica, bonita e sensual.

Além do mais, ao pressionarem certos pontos do corpo, devem sempre de atingir zonas erógenas específicas, dando assim prazer ao submisso, o prazer e a tesão aumentam, e garanto-vos que o orgasmo é o objectivo final!

Tenha um encontro de BDSM diferente

O BDSM é uma prática sexual muito comum entre os casais, cada vez mais o preconceito e o tabu estão a desaparece, felizmente!

Se quiser ter um encontro de BDSM, fale com seu companheiro ou parceiro sexual, para que possam experienciar algo na vossa vida sexual que seja diferente.

Tudo o que achar que seja minimamente “errado”, faço-o e repita várias vezes, por norma é o que nos dá mais prazer.

Inicie o seu encontro de BDSM, num ambiente escuro, com tons de vermelho e preto, essas cores irão ajudá-lo a sentir-se ambientado!

Acessórios necessários para um encontro de BDSM:

  • Chicote sexual Nada melhor num encontro de BDSM, que haver um dominador e um submisso, a provocação de dor é um dos requisitos necessários para conseguir um bom encontro de BDSM.
  • Escolha entre Sadismo e Masoquismoé impossível ter ambos, durante o encontro de BDSM, é necessário  que o acto sexual consista somente em sadismo ou masoquismo, a pessoa tem que escolher, se quer ser humilhada, tanto física como psicologicamente, ou se quer praticar o masoquismo, em que consiste receber a humilhação e sentir dor, será o dominador que irá infligi-la no/a sua/seu parceira/o/ sexual, para iniciantes, escolha apenas um, pois torna-se uma experiência sexual muito intensa. Quando achar que, já está mais experiente em encontros de BDSM, pode envergar mesmo pelo caminho de experimentar na mesma sessão sexual o chamado SadoMasoquismo.
  • Shibari- esta é uma Arte Japonesa, praticada na mulher, de forma a que esta sinta prazer quando está amarrada em pontos estratégicos do seu corpo para que sinta prazer, tesão e tenha vários orgasmos, muitas vezes, basta que esteja amarrada nem sequer necessita de ser tocada. Para ter esta experiência sexual num encontro de BDSM, é necessário que compre cordas japonesas, que são feitas especificamente com este fim, a melhor forma de as encontrar é numa Loja Sexshop.
  • Régua comprida-  se não quiser gastar dinheiro pode sempre improvisar, levar palmadas é uma forma de praticar Bondage, o termo correcto que deve de ser utilizado é “Spanking”, não se preocupe, porque a intenção é causar dor, mas ao mesmo tempo ter prazer.
  • As palmadas podem ser dadas só com a mão, uma reguada caso queira algo mais forte ou até mesmo outra sugestão, que tal a utilização de um chinelo? Está mais do que sabido que o chinelo magoa, e para homens (principalmente) que tenham “Mommy Issues”, não poderá haver melhor forma de os resolver, pode bater ou ser o receptor de palmadas ou chineladas.
 Volto a referir, que antes de dar início ao encontro de BDSM, é mesmo muito importante, que ambos estejam de acordo e que querem participar, decidam a palavra de segurança que deve de ser utilizada.

Pode achar que, repito várias vezes a mesma coisa, mas a palavra de segurança é importante, em casos, como a prática de Shibari, o dominador, por exemplo, não tem consciência se o submisso está ou não a ficar com falta de ar ou se as cordas estão demasiado apertadas, além de desconforto excessivo, o utilizador pode mesmo perder a consciência devido à falta de ar!

50 Sombras de Grey, hardcore sex

Já se sabe que o livro “As 50 Sombras de Grey“, veio mudar muitas mentes, que infelizmente, ainda achavam que o facto de gostarmos de sexo hardcore ou com alguns brinquedos sexuais à mistura, fazia de nós pessoas estranhas!

Talvez a verdade seja mesmo, que as pessoas que só usam posições sexuais como a missionário é que são mesmo estranhas, não gostam de inovar as suas experiências sexuais.

Há que perceber que “As 50 Sombras de Grey“, vieram mostrar a toda a sociedade que o sexo pode ser selvagem e com posições sexuais mais hardcore, e não deixa de dar prazer ambos os praticantes!

O sexo à moda de “50 Sombras de Grey”, tem que ser “enfrentado” como um jogo, o casal deve-se entregar com amor e paixão, há que saber que os movimentos e o ritmo são o que nos fazem atingir mais facilmente um orgasmo, não é propriamente a posição em si!

Mas para mudar mais uma noite entre quatro paredes, a sua noite “50 Sombras de Grey”, deverá iniciar-se com:

  • Uma indumentária bastante reduzida, tanto para ele como para ela, mas se quiserem seguir o livro à risca, o homem é o dominador, a sua indumentária são umas calças de ganga, cintura descaída e semi-rotas, sem mais nada.
  • Para a mulher, a indumentária será reduzida a uma lingerie sexy, juntamente com algemas, para lhe prender as mãos atrás das costas e uma venda ou lenço para lhe tapar os olhos, lembrem-se que serão submissas, o vosso dominador poderá fazer o que bem entender convosco, o vosso corpo é um altar prestes a ser destruído pelo prazer!
  • Durante algumas das passagens mais eróticas do livro “As50 Sombras de Grey”, o dominador utiliza o seu chicote sexual, para castigar a submissa por se “ter portado mal”, lembre-se que se for das primeiras vezes que está a iniciar este tipo de experiência sexual, são necessárias medidas de segurança para proteger os envolvidos.
  • Para mudar deixe-se levar pelas novas emoções que irá sentir no seu corpo, não se prenda, se tiver ordem para fazer barulho grite à vontade.
  • Ao seu dominador, aconselho vivamente, que utilize bolinhas de prazer, tal como no livro “As 50 Sombras de Grey”, as bolinhas irão fazer a mulher ter um orgasmo absolutamente fantástico, algo que nunca antes experimentou, deixe-se levar!
  • Se tiverem ainda possibilidade económica, experimentem um novo brinquedo sexual, em que o homem pode controlar o nível de vibração do brinquedo, pode por exemplo, comprar-lhe umas cuecas vibratórias com comando, estando a submissa com os olhos vendados, será fácil de conseguir que o elemento surpresa esteja sempre em altas.
  • Juntamente com as cuecas vibrátorias experimente também um vibrador, se quiser pode ainda adquirir um vibrador, da marca “As  50 Sombras de Grey”, e fazer a mulher com que está ter orgasmos absolutamente explosivos e cheios de prazer.

Não preocupe em “perder tempo” a explorar o corpo da sua amante, deixe-se levar e faça tudo o que quiser, afinal o dominador, é quem manda!

Uma das posições sexuais que devem realmente de aproveitar, é pegá-la ao colo, ela faz os movimentos verticais, e de forma selvagem e louca, o dominador só precisa de ter força de braços, acreditem que o orgasmo será rápido e intenso a chegar!

Da Literatura para o Quarto Vermelho

Talvez não seja difícil saberem ao que me refiro…. Mas mesmo assim faço a alusão ao livro que mudou a vida de tantas mulheres e provavelmente também, de muitos homens, “As Cinquenta Sombras de Grey“.

50 sombras de grey

Devo confessar que, quando inicialmente ouvi falar do livro, não conseguia perceber porquê tanto alarido com a história, mas quando o comecei a ler depressa compreendi!

Principalmente no primeiro livro, as descrições que se passam no quarto vermelho são absolutamente deliciosas, cada descrição faz-nos imaginar um mundo com o nosso príncipe encantado, mas que nele veste ao mesmo tempo, a pele de um lobo mau que nos vai castigar mas afinal o seu castigo não podia ser melhor, dar-nos prazer apesar de o fazer de forma estranha para muitos, no entanto, para outros o bondage e o BDSM são a única forma de atingir prazer!

Quando li umas das primeiras descrições do quarto vermelho, estava com um homem que possa dizer que era submisso, nesta história a versão é ao contrário, eu sou a Dominadora e ele o Submisso.

Decidi criar a minha própria versão de “50 Sombras de Grey”, iniciamos a noite com um jantar, carregado de bom vinho e caviar para acompanhar, já sentia a sua falta, tinha passado demasiado tempo desde a última vez que nos encontrámos, somos ambos casados mas os nossos relacionamentos amorosos não nos dão tudo o que é necessário!

As nossas caras metades nem sabe do nosso fetiche sexual, que para eles não passa de um fetiche bizarro e estranho, mas a “Dominação e Submissão“, como estava a dizer, há muito que não nos víamos mas a paixão continuava lá instalada, passámos o jantar todo em aquecimento para o que viria a seguir.

Alugámos um quarto num motel de 5 estrelas, as paredes eram vermelhas mas tinha bom aspecto, informei o meu marido que nesse noite iria sair com as minhas amigas, claro que vou chegar tarde. O material estava todo na minha mala de cabedal, chicote sexual, bolinhas de prazer e claro que não podia deixar de ser as minhas algemas.

quarto vermelho

Como meu submisso, a única coisa a que teve direito foi de continuar de boxer’s, sou a única que o pode tratar assim, chamo-lhe nomes e piso-o como verme que é mas não é por isso que ele deixa de me adorar.

A minha indumentária é a normal de uma dominadora, vestido preto de pele e botas altas, claro que não deixei o meu chicote sexual de fora, só o posso usar quando estou com ele. Sinto a sua adoração quando me lambe as botas, não deixa nem um cm de pele por lamber, chamo-lhe nomes e passo por cima dele como se fosse um tapete, geme de dor e de prazer.

quarto vermelho - chicote sexual

Ele tem as mãos presas atrás das costas, não se pode movimentar, dou-lhe com o chicote durante algum tempo, adoro castigá-lo naquele quarto vermelho, sei que já está louco de prazer e que me quer penetrar de todas as formas mas quanto mais ele implora mais eu o trato mal!!! Terá sido vingança por não nos vermos durante tanto tempo? 

Acho que não, o castigo excita-o e castigá-lo dá-me tesão para o que advém… Depois de duas horas a castigá-lo, esqueci-me de referir que umas das brincadeiras que apliquei nele depois de ter lido o livro, foi o gelo, de olhos vendados não sabia o que o esperava, serviu para baixar o seu pénis que quase que explodia…

Parei de o tratar mal e deixei que me possuísse naquela cama, também vermelha, a primeira e a segunda vez foram rápidas, mas a terceira penetração levou-me ao céu… Talvez me tenha sentido um pouco arrependida por o ter castigado, mas ele é meu e só meu submisso mais ninguém lhe pode tocar… Mas naquele momento o cume de prazer foi atingido por ambos!