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Filmes e séries relacionados com a temática Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo

Venda de Brinquedos Sexuais dispara!

Desde que houve o boom de “As Cinquenta Sombras de Grey”, a venda de brinquedos sexuais disparou.

Não será preciso referir que o livro fez com que actividade sexual de tanto homens como mulheres, tivesse ficado bem mais diversificada e apetecível.

Mas desde o lançamento do filme, “As 50 Sombras de Grey”, que a venda dos brinquedos sexuais melhorou significativamente.

As lojas Sexshop, em qualquer estabelecimento do mundo estão bem abastecidas, tanto de produtos sexuais mesmo da marca “As 50 Sombras de Grey” como outros brinquedos e acessórios sexuais.

Os brinquedos e acessórios sexuais, têm como base, principalmente, vendas para os olhos, chicotes sexuais, bolinhas de prazer, cordas sexuais, entre outros, não perca tempo e pesquise sobre estas novas formas de prazer!

Se quiser entrar no mundo do BDSM, fique também a conhecer as fantasias sexuais mais utilizadas.

50 Sombras de Grey, hardcore sex

Já se sabe que o livro “As 50 Sombras de Grey“, veio mudar muitas mentes, que infelizmente, ainda achavam que o facto de gostarmos de sexo hardcore ou com alguns brinquedos sexuais à mistura, fazia de nós pessoas estranhas!

Talvez a verdade seja mesmo, que as pessoas que só usam posições sexuais como a missionário é que são mesmo estranhas, não gostam de inovar as suas experiências sexuais.

Há que perceber que “As 50 Sombras de Grey“, vieram mostrar a toda a sociedade que o sexo pode ser selvagem e com posições sexuais mais hardcore, e não deixa de dar prazer ambos os praticantes!

O sexo à moda de “50 Sombras de Grey”, tem que ser “enfrentado” como um jogo, o casal deve-se entregar com amor e paixão, há que saber que os movimentos e o ritmo são o que nos fazem atingir mais facilmente um orgasmo, não é propriamente a posição em si!

Mas para mudar mais uma noite entre quatro paredes, a sua noite “50 Sombras de Grey”, deverá iniciar-se com:

  • Uma indumentária bastante reduzida, tanto para ele como para ela, mas se quiserem seguir o livro à risca, o homem é o dominador, a sua indumentária são umas calças de ganga, cintura descaída e semi-rotas, sem mais nada.
  • Para a mulher, a indumentária será reduzida a uma lingerie sexy, juntamente com algemas, para lhe prender as mãos atrás das costas e uma venda ou lenço para lhe tapar os olhos, lembrem-se que serão submissas, o vosso dominador poderá fazer o que bem entender convosco, o vosso corpo é um altar prestes a ser destruído pelo prazer!
  • Durante algumas das passagens mais eróticas do livro “As50 Sombras de Grey”, o dominador utiliza o seu chicote sexual, para castigar a submissa por se “ter portado mal”, lembre-se que se for das primeiras vezes que está a iniciar este tipo de experiência sexual, são necessárias medidas de segurança para proteger os envolvidos.
  • Para mudar deixe-se levar pelas novas emoções que irá sentir no seu corpo, não se prenda, se tiver ordem para fazer barulho grite à vontade.
  • Ao seu dominador, aconselho vivamente, que utilize bolinhas de prazer, tal como no livro “As 50 Sombras de Grey”, as bolinhas irão fazer a mulher ter um orgasmo absolutamente fantástico, algo que nunca antes experimentou, deixe-se levar!
  • Se tiverem ainda possibilidade económica, experimentem um novo brinquedo sexual, em que o homem pode controlar o nível de vibração do brinquedo, pode por exemplo, comprar-lhe umas cuecas vibratórias com comando, estando a submissa com os olhos vendados, será fácil de conseguir que o elemento surpresa esteja sempre em altas.
  • Juntamente com as cuecas vibrátorias experimente também um vibrador, se quiser pode ainda adquirir um vibrador, da marca “As  50 Sombras de Grey”, e fazer a mulher com que está ter orgasmos absolutamente explosivos e cheios de prazer.

Não preocupe em “perder tempo” a explorar o corpo da sua amante, deixe-se levar e faça tudo o que quiser, afinal o dominador, é quem manda!

Uma das posições sexuais que devem realmente de aproveitar, é pegá-la ao colo, ela faz os movimentos verticais, e de forma selvagem e louca, o dominador só precisa de ter força de braços, acreditem que o orgasmo será rápido e intenso a chegar!

Da Literatura para o Quarto Vermelho

Talvez não seja difícil saberem ao que me refiro…. Mas mesmo assim faço a alusão ao livro que mudou a vida de tantas mulheres e provavelmente também, de muitos homens, “As Cinquenta Sombras de Grey“.

50 sombras de grey

Devo confessar que, quando inicialmente ouvi falar do livro, não conseguia perceber porquê tanto alarido com a história, mas quando o comecei a ler depressa compreendi!

Principalmente no primeiro livro, as descrições que se passam no quarto vermelho são absolutamente deliciosas, cada descrição faz-nos imaginar um mundo com o nosso príncipe encantado, mas que nele veste ao mesmo tempo, a pele de um lobo mau que nos vai castigar mas afinal o seu castigo não podia ser melhor, dar-nos prazer apesar de o fazer de forma estranha para muitos, no entanto, para outros o bondage e o BDSM são a única forma de atingir prazer!

Quando li umas das primeiras descrições do quarto vermelho, estava com um homem que possa dizer que era submisso, nesta história a versão é ao contrário, eu sou a Dominadora e ele o Submisso.

Decidi criar a minha própria versão de “50 Sombras de Grey”, iniciamos a noite com um jantar, carregado de bom vinho e caviar para acompanhar, já sentia a sua falta, tinha passado demasiado tempo desde a última vez que nos encontrámos, somos ambos casados mas os nossos relacionamentos amorosos não nos dão tudo o que é necessário!

As nossas caras metades nem sabe do nosso fetiche sexual, que para eles não passa de um fetiche bizarro e estranho, mas a “Dominação e Submissão“, como estava a dizer, há muito que não nos víamos mas a paixão continuava lá instalada, passámos o jantar todo em aquecimento para o que viria a seguir.

Alugámos um quarto num motel de 5 estrelas, as paredes eram vermelhas mas tinha bom aspecto, informei o meu marido que nesse noite iria sair com as minhas amigas, claro que vou chegar tarde. O material estava todo na minha mala de cabedal, chicote sexual, bolinhas de prazer e claro que não podia deixar de ser as minhas algemas.

quarto vermelho

Como meu submisso, a única coisa a que teve direito foi de continuar de boxer’s, sou a única que o pode tratar assim, chamo-lhe nomes e piso-o como verme que é mas não é por isso que ele deixa de me adorar.

A minha indumentária é a normal de uma dominadora, vestido preto de pele e botas altas, claro que não deixei o meu chicote sexual de fora, só o posso usar quando estou com ele. Sinto a sua adoração quando me lambe as botas, não deixa nem um cm de pele por lamber, chamo-lhe nomes e passo por cima dele como se fosse um tapete, geme de dor e de prazer.

quarto vermelho - chicote sexual

Ele tem as mãos presas atrás das costas, não se pode movimentar, dou-lhe com o chicote durante algum tempo, adoro castigá-lo naquele quarto vermelho, sei que já está louco de prazer e que me quer penetrar de todas as formas mas quanto mais ele implora mais eu o trato mal!!! Terá sido vingança por não nos vermos durante tanto tempo? 

Acho que não, o castigo excita-o e castigá-lo dá-me tesão para o que advém… Depois de duas horas a castigá-lo, esqueci-me de referir que umas das brincadeiras que apliquei nele depois de ter lido o livro, foi o gelo, de olhos vendados não sabia o que o esperava, serviu para baixar o seu pénis que quase que explodia…

Parei de o tratar mal e deixei que me possuísse naquela cama, também vermelha, a primeira e a segunda vez foram rápidas, mas a terceira penetração levou-me ao céu… Talvez me tenha sentido um pouco arrependida por o ter castigado, mas ele é meu e só meu submisso mais ninguém lhe pode tocar… Mas naquele momento o cume de prazer foi atingido por ambos!

Saló ou 120 dias de Sodoma (1975 – Pier Paolo Pasolini)

O filme “120 dias de Sodoma”, ou como é também apresentado “Saló”, é sem sombra de dúvidas um dos mais polémicos de toda a história da sétima arte, tratando-se essencialmente uma dura e forte crítica ao fascismo, sendo que em todo o filme há uma série de cenas de masoquismo e sodomia. Da autoria de Pier Paolo Pasolini, é a obra mais violenta deste cineasta italiano, um filme marcado pela opressão, sadismo, deboche e até morte, sempre com uma expressão de pura maldade.

O cineasta transpôs “Os 120 Dias de Sodoma” do Marquês de Sade, apoiando-se ainda nos textos criados por Roland Barthes, Maurice Blanchot e Pierre Klossowski para mostrar como foram os últimos dias de ditadura fascista italiana, bem no final da II Guerra Mundial. A acção do filme passa-se em Itália, no momento em que esta estava controlada pelos nazistas, sendo que 4 libertários fascistas sequestram 16 jovens e acabam por os prender numa mansão com guardas. Depois desse momento, os jovens passaram a ser usados unicamente como fonte de prazer, de masoquismo e sodomia e até de morte.

Pode até parecer um filme normal e sem uma grande presença na história, havendo até algumas dificuldades em entender o porquê de ser uma referência para a comunidade de bondage de Portugal, porém o seu principal objectivo é polemizar e fazer duras críticas ao fascismo, ao fetichismo sexual e até ao autoritarismo religioso que naquela altura era bastante popular e teria uma forte influência na sociedade em geral.

Para aqueles que não estão propriamente habituados a este tipo de cinema, pode tornar-se relativamente cansativo e até demasiado pesado no seu decorrer, não havendo grande actuações em destaque, mas é uma das melhores obras para quem procura essencialmente respostas filosóficas e relacionadas com o bondage e toda a comunidade adjacente. Por outro lado, é importante afirmar que a adaptação que Pier Paolo Pasolini fez das histórias originais de Marquês de Sade é bastante mais leve, pois estas tinham uma obscuridade ainda maior do que o apresentado.

Dentro das cenas mais polémicas e fortes do filme, destaca-se alguns momentos mais sádicos, como o momento em que um dos jovens é obrigado a comer excrementos, o momento em que estes são obrigados a ter actos sexuais com o principal objectivo da observação das autoridades locais e até alguns fetiches mais bizarros. Tendo em consideração o ano do seu lançamento, 1975, algumas cenas não forem muito bem aceites pela população em geral e houve até quem considerasse o filme um autêntico ultraje à vida sexual que a sociedade tinha no momento, acreditando sempre que nada do que estava a ser retratado podia ser real, porém a história original mostra que tudo era real, apenas estava a ser escondido.

Pier Paolo Pasolini era curioso, italiano e homossexual, tendo um gosto particular por elencos amadores e preferia explorar bastante a sexualidade nos seus filmes, gerando assim uma grande polémica em seu redor. Com 53 anos acabou por falecer, de uma forma brutal, já que foi encontrado completamente desfigurado e bastante magoado, um autêntico latrocínio. A sua morte aconteceu no mesmo ano do lançamento do filme, por isso existe uma grande tensão sobre o assunto e muitas dúvidas sobre o que realmente aconteceu.