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Cera Quente, uma experiência que quero?

Todos gostamos de ter brincadeiras fora do comum, e nada melhor do que brincar com cera quente, mas apesar de ser algo muito erótico e que nos deixa completamente loucos, este tipo de brincadeira pode tornar-se perigosa.

É preciso ter em conta que independentemente da brincadeira que queiramos fazer dentro do BDSM ou Bondage, há que seguir sempre uma série de regras para não nos magoarmos. Mas se ainda não sabe como fazer, então há que aprender.

 

Preparação para a cera quente:

  • Todas as brincadeiras necessitam de um ritual inicial. Por isso, este deverá de ser seguido à risca pelo seu Top/ Mestre:
  • Antes de começar a verter cera quente no submisso/ bottom, passe óleo para bebés no corpo, ou pelo menos na parte onde querem utilizar a cera. A remoção da cera quente será mais fácil .
  • Antes de verter cera quente, escolha o local onde o irá fazer. Um bom exemplo será o chão, mas para que se sinta confortável faça-o em cima de uma carpete ou tapete, assim não estará em contacto directo com o chão. Mas antes de verter o que quer que seja, proteja o tapete, utilize um bocado de plástico largo, ou um lençol velho, para que não haja nenhuma catástrofe com a carpete ou tapete.
  • Todos os materiais utilizados, como as velas, o copo de vinho e afins, deverão estar apoiados num local onde não sejam derrubados, o chão será uma boa ideia, mas mantenha longe dos seus pés ou mãos, para que não haja um acidente.
  • Para que não tenha que interromper a sua actividade sexual com cera quente, escolha uma playlist a seu gosto e permita que esta esteja a repetir, assim não terá que interromper a sua sessão.
  • Prepare tudo o que necessitar antes de dar início à sua sessão. Por exemplo, tenha à mão um pano húmido, uma tigela com gelo para o caso de haver alguma queimadura que precise de ser tratada imediatamente. Tenha também uma pomada anti queimaduras e aloé vera, assim estará completamente protegido!

 

Diferentes formas de brincar com cera quente

Sabe que há diferentes formas de brincar com cera quente? Podem deixar pingar, pode derramar, fazer desenhos e até usar penas para espalhar a cera pelo corpo do submisso/a. O que não lhe faltam são maneiras diferentes para brincar com cera quente, basta apenas a sua criatividade.

 

Cera Quente- Como aplicar no corpo?

  • Pingar

Não será necessário explicar como deve fazer pingar uma vela ou a cera quente para cima da pele nua, mas convém que haja uma distância de pelo menos 50 centímetros entre a vela e o corpo do submisso/a. Assim terá a certeza de que não haverá lesões permanentes na pele.

  • Derramar

Poderá derramar a cera quente de duas formas: poderá usar mesmo cera quente, e verte-la directamente de uma tigela ou da própria vela. Apenas tenha a certeza de que mantem a distância de segurança apropriada. Para tornar todo o processo mais interessante utilize uma colher de sopa/ concha, pois além de ser algo extremamente erótico poderá ainda escolher a quantidade espalhada pelo corpo. Cuidado ao espalhar a cera, tenha a certeza que a temperatura não é demasiado elevada.

  • Pintar a cera

Para pintar a cera quente no corpo da sua submissa/o, poderá usar pincéis, cotonetes, penas, ou até mesmo os seus dedos, o que interessa é que dê asas à sua imaginação. Para melhorar ainda mais a sua performance poderá fazer desenhos com cera no corpo, escolhendo particularmente áreas erógenas, dando ainda mais prazer ao submisso/a.

 

Segurança: Para segurança do submisso/a, não deve de utilizar cera quente acima dos 50 graus, pois temperaturas superiores poderão deixar marcas definitivas na pele. Ter cuidado, especialmente com a cera de velas quando deixar apenas pingar.

 

Segurança e Limites a ter com Cera Quente:

Deverá de ter sempre muito cuidado com a cera quente, volto a repetir que a cera não deverá de ultrapassar os 50 graus, pois poderá deixar marcas permanentes na pele do submisso/a.

As brincadeiras praticadas com Bondage são para provocar dor, mas tal como referido, convém que tenha mesmo muito cuidado, além do mais se tiver água a ferver, tenha os mesmos cuidados. É sempre conveniente que tenha gelo numa tigela e um pano húmido para qualquer acidente que possa vir a acontecer.

Ao adquirir as velas tenha cuidado, pois o submisso/a poderá ser alérgico a algum aditivo que a vela possa ter. O facto do submisso/a ter pele clara deverá ainda de ser outra situação problemática e deverá considerar a temperatura da vela quente ser ainda mais baixa, pois este poderá contrair manchas permanentes muito mais facilmente!

 

 Nota: Não se esqueça que o corpo tem partes mais sensíveis do que outras, assim sendo, deverá de ter muito cuidado quando derrama a cera quente. Um pingo de cera nas costas ou no peito, é completamente diferente de quando há cera derramada na vagina, no pénis ou até mesmo no ânus do submisso/a. Tenha cuidado quando expõe o submisso/a à cera, todo o cuidado é pouco, não faça movimentos bruscos.

 

Experiência sexual

Toda a situação deve de ser previamente combinada para não haver enganos e acidentes desnecessários.

Tal como referido, espalhe pelo corpo do submisso/a óleo de bebé, assim terá a certeza absoluta que a remoção da cera quente não será tão dolorosa.

Evite o contacto com o cabelo do submisso/a, será uma dor verdadeiramente abismal, principalmente com cabelo. Mas se a intenção for a de arrancar pelos púbicos por exemplo, o uso de pó talco anteriormente será sempre uma ajuda.

Para que a cera nunca chegue a entrar em contacto com o cabelo do submisso/a, coloque uma bandolete ou até mesmo um chapéu, assim poderá proteger o seu submisso sem qualquer problema.

 

Segurança:

Volto a referir que deverá ter cuidado com o local onde coloca as velas, principalmente para que não haja nenhum tipo de incêndio durante a sua sessão sexual, não haverá nada pior para cortar o erotismo do que um incêndio.

Dicionário de castigos conhecidos de BDSM

São vários os castigos que podemos dar aos submissos/ escravos sexuais, mas nem toda a gente conhece maior parte dos castigos que há pelo mundo do bondage! O mais normal dentro do mundo do BDSM é que o mestre encontre razões para castigar o submisso, a intenção dos castigos é mesmo corrigir o que o submisso/a está a fazer de errado. A intenção de castigar o submisso/a é para que ele/a não goste do que está a fazer.

Dicionário de Castigos:

  • Tarefas que irá fazer – o dicionário de castigos dar-lhe-á uma ideia de castigos que o submisso/a não quer mesmo fazer, não será para que este tenha prazer ao executá-los, por isso, limpar o fogão com uma escova de dentes, limpar as janelas e as persianas, limpar e aspirar o carro; Poderá ter a certeza que são uma excelente forma de castigar o seu escravo/a.
  • Dormir no chão – Ninguém gosta de dormir no chão; É uma excelente forma de castigar o submisso se este se tiver tornado demasiado brando na sua maneira de ser. Esta será a melhor forma de castigar.
  • Ficar de pé num canto – Este deve de ser um dos castigos mais velhos usados em todas as relações, não só no BDSM como no Bondage. Enquanto crianças seria normal sermos mandados para um canto e ficar lá de pé ou sentados a pensar na nossa vida e no que tínhamos feito de errado.
  • Escrever sobre um determinado assunto – Este é um dos melhores castigos para o submisso quando o Dominador quer que este pense e reflicta sobre um determinado assunto, melhor ainda será para também pesquisar e manter-se informado sobre algo. Este tipo de punição não deverá de ser aplicado várias vezes pois o Dominador quer que tenha uma conotação negativa e não se torne em algo positivo.
  • Pintar as unhas dos pés e das mãos – Até poderá parecer um castigo mais brando, mas o Dominador poderá fazê-lo para que o submisso pareça um “palhaço” como por exemplo usar uma unha de cada cor, e pior ainda ter que sair à rua, a repreensão será excelente.
  • Dar banho ao Mestre – Preparar um banho de sais, lavá-lo e fazê-lo atingir um orgasmo, esse será o castigo do escravo, mas para piorar a situação este terá que tomar banho depois na água suja do Mestre e de água fria. Caso o submisso/a tenha feito um bom trabalho, poderá apenas ter a recompensa de ser passar por água quente durante um minuto e nada mais do que isso!
  • Sexo mas pouco – Se o comportamento do submisso não foi o mais correcto, deverá castiga-lo, ele terá que se masturbar e ejacular para cima do Mestre (o local de ejaculação será à escolha do mesmo), eu sei que não parece ser um castigo, mas no final ele terá que lamber tudo!
  • Ajoelhar-se numa superfície dura – Este é um dos castigos mais clássicos, enquanto o submisso/a está ajoelhado irá sentir desconforto físico e ao mesmo tempo terá que pensar no que fez de mal. Há que ter em conta, que se tiver muito tempo ajoelhado poderá causar lesões nervosas, por isso, a cada 20 minutos o submisso deverá de ter autorização para uma pausa de pelo menos 5 minutos. O Mestre terá ainda que ter em conta a condição física do seu submisso, se não for possível o ajoelhamento então terá que arranjar outra forma de o castigar.
  • Ajoelhar numa superfície dura e em cima de arroz cru – Este tipo de castigos deverá de ser aplicado apenas quando a infracção cometida tenha sido mesmo grave. A punição deverá de ser aplicada tal como acima descrita, mas para que a pena seja ainda mais severa, obrigue o submisso/a a apanhar o arroz e a limpar o chão com uma escova de dentes. Tenha cuidado com a saúde do seu submisso, o arroz poderá deixar marcas permanentes na pele caso permaneça demasiado tempo em cima deste, o Dominador deverá de experimentar a pena antes de o submisso a cumprir, para saber que tipo de dor será experienciado pelo escravo.
  • Uso de Cubos de Gelo – Uma reprimenda diferente, insira um cubo de gelo no ânus ou na vagina do submisso/a, mas terá que fazê-lo durante curtos períodos de tempo pois o gelo poderá causar lesões e queimaduras quando exposto durante demasiado tempo!
  • Dar um banho de água fria – Antes de mais, esta é uma punição que o Dominador deverá de experimentar antes de por em prática. Um banho de água fria poderá colocar as ideias do submisso/a em perspectiva. Atenção ao uso de água fria, a temperatura terá que variar mediante a época do ano, e claro que não poderá prolongar a punição mais do que cinco minutos. Será ainda de lembrar, que o submisso/a poderá ficar com as ideias no lugar assim que água fria lhe tocar, poderá apenas durar 30 segundos, não exagere.
  • Plug Anal – Este tipo de castigos até poderá parecer uma brincadeira, pois o submisso/a terá prazer, mas é ai que está a pena a ser cumprida. Insira o plug anal do ânus do escravo sexual e obrigue-o a fazer as tarefas domésticas, este não poderá parar para sentir prazer, só o fará depois de lhe dar permissão. Nota: Coloque a vibração no máximo!
  • Restrição ao computador, televisão e telemóvel – Mais um dos castigos que eram aplicados quando eramos crianças, e devo de dizer que pelo menos em mim tinham efeito. O submisso/a poderá ser punido na totalidade, ou seja, não poderá mexer em nenhum dos aparelhos ou então só os poderá utilizar durante 15 minutos por dia (por exemplo), essa será uma excelente forma de o castigar.
  • Não deixar sair de casa – Uma punição destas poderá ser mais eficaz no caso do submisso/a já ter planos, como ir a um jantar com amigos ou a um concerto (e que já tenha comprado os bilhetes). Claro que irá necessitar de ter em conta a vida do submisso, a pena não poderá ser aplicada quando este tiver que trabalhar como é óbvio, mas tenha a certeza de que o mesmo se sente castigado, pois se tiver apenas que ficar em casa sem fazer nada, o mesmo não irá sentir nada!
  • Ficar preso a um local – Deverá de levar o submisso para o seu jardim e prende-lo ao banco, e este só poderá sair quando tiver autorização. A reprimenda só deverá de ser executada caso o tempo não esteja demasiado sol, poderá causar-lhe queimaduras solares, ou a chover, fazendo com que o escravo fique doente. Ate-o ao banco, de olhos vendados e não o deixe sair até que tenha a sua autorização.
  • Aplicação de Golpes – Este é tido como um dos castigos mais severos pois já envolve dor mais agravada no submisso, mas se o Dominador achar que deverá de aplicar a pena assim o deverá fazer. O submisso/a terá que fazer pequenos golpes na palma do pé, para que o magoe quando andar, deverão apenas de ser aplicados cinco golpes em cada palma do pé.
  • Dominador expressar o seu descontentamento e estar chateado – Até poderá parecer estranho, mas para um submisso/a não há nada pior do que desiludir o seu Mestre. O facto do Dominador se mostrar extremamente chateado com toda a situação poderá resolver o assunto. Mas o Mestre deverá de ter cuidado, pois na relação de BDSM que tenha com o submisso/a, a sua reacção pode apenas dar a entender ao escravo que o Mestre já não tem nenhum tipo de interesse por si e não quer saber dele. Esta punição deverá de ser bem pensada antes de ser posta em acção pois poderá ter repercussões graves para a relação de Dominador/submisso.
  • Pinças para mamilos – Meter pinças nos mamilos do submisso/a não como forma de prazer mas para colocar em prática mais um dos castigos. Prenda as pinças aos mamilos do seu escravo sexual e ao mesmo tempo ligue-as com correntes, depois poderá andar a passeá-lo pela casa inteira, de vez em quando até poderá puxar as correntes com mais força.
  • Cortes na mesada – Caso o submisso depende financeiramente do seu Dominador, este poderá castiga-lo através de cortes na sua mesada. Apenas meta em prática este tipo de castigo durante curtos períodos de tempo, como por exemplo uma semana, se os castigos de cortes na mesada forem superiores como um mês poderá tornar-se normal para o submisso, este aprenderá a viver com o corte e não é essa a intenção.
  • Submissão – Ate as mãos do submisso atrás das costas, obrigue-se a ajoelhar-se nu à sua frente, enquanto lê ou vê televisão. Para dar mais enfase ao seu castigo de vez em quando magoe-o de forma propositadamente nos órgãos genitais, no caso da submissa poderá apertar-lhe os mamilos de forma a causar dor.

 

A aplicação dos castigos poderá ser empregada pelos Dominadores como estes bem entenderem, visto que os submissos/as são propriedades suas, mas não descure nunca da segurança do submisso/a e também da sua condição física. Além do mais, há que ter sempre em mente que, o castigo deverá de ser aplicado mediante o delito, infracção ou transgressão cometida, o submisso deverá de deteste o seu castigo e é para isso que a punição servirá!

Será que podemos aprender a ser dominadoras?

Uma questão que surge de vez em quando é:

“Como é que eu posso aprender a ser Dominadora?”

Por vezes a questão surge de outras formas, como, “Há uma pessoa com a qual quero estar, mas esta pessoa diz que não sou dominante o suficiente. Como é que dou a volta a isso?” Ou, “O meu namorado quer experimentar BDSM e quer que eu seja Dominadora, mas não estou a conseguir. Ajudem-me!”

Existem várias maneiras de aprender a ser mais assertiva, a falar mais e desenvolver aptidões de liderança. Isto não significa aprender a ser Dominadora (ou Dominatrix).

A resposta a estas questões não é fácil, e está sempre sujeita a debate. O que segue é opinião de parte da comunidade BDSM:

Se pensarem bem, a maioria das pessoas tem pelo menos um aparte da vida sobre a qual temos total controlo. Pode ser com os filhos, o emprego, o canalizador, ou com um grupo ao qual pertencem.

Ser ou não dominadoras?

Mas quando se fala de “Ser Dominador” estamos a falar de BDSM. Significa que quando se trata de explorar actividades que envolvem bondage, domínio, submissão, sadismo e masoquismo, gostamos de incorporar o tipo de energia que encontramos do lado dominante do espectro. Não significa que gostamos de sadismo ou de bondage, mas em geral, gostamos de estar a comandar a acção.

Frequentemente acontece que gostamos de ser Dominadoras num cenário íntimo, numa relação sexual, mas também pode acontecer sem sexo ou até fazer parte de uma relação duradoura.

Qualquer que seja o cenário, a chave é seguir os nossos instintos. Seguir aquilo que mais nos atrai. Existe um desejo inato, que pode ser sexual, ou não, de ter controlo sobre o cenário.

Segundo a experiência de muitos indivíduos, este desejo não pode ser criado se ele não existe. Pode ser desenvolvido, crescido, pode subir e descer, mas se procurarmos profundamente e não nos acendermos com a ideia de assumir o controlo de determinada cena, então não se pode dizer que se é uma verdadeira Dominadora.

É muito importante esclarecer: podemos entrar num role-play por diversão, porque o parceiro pediu, porque estamos em cena, ou qualquer outro contexto… mas dizer que um indivíduo é Dominador significa que já está lá, que lhe é intrínseco.

Assumir um papel dominante para satisfazer os desejos de outra pessoa é simpático, e talvez o consiga de vez em quando, mas isso não faz da pessoa um Dominador(a). Alguns descrevem-no como “ter sexo sem ter vontade”, o desejo ou existe, ou não. Podemos desempenhar o papel, mas não significa que temos realmente vontade ou desejo.

Também é possível que e energia não esteja certa, o seu parceiro pode sentir que algo está errado e não se sentir satisfeito com a interacção. Na realidade, o mais provável é que também sinta o mesmo se é algo que não tem vontade de fazer.

Fazer com que o nosso parceiro seja feliz é óptimo, mas se essa é a única razão para ser Dominadora, isso faz de mais um parceiro de serviço, ou até um submisso. Pelo menos, pode-se fazer o argumento.

É verdade que a dominância de alguns possa ter uma tendência submissa, mas isso pode ser apenas um aspecto de um objectivo mais vasto. Uma Dominadora deve sentir-se acesa sexualmente, emocionalmente, espiritualmente, e mentalmente com o controlo que tem. Se nós estamos constantemente a assumir um papel dominante apenas porque alguém que gostamos ou queremos nos pede, como é que isso faz de nós Dominadoras?

Também não ajuda nada quando um parceiro, seja ele potencial ou atual, nos diz que não prestamos como Dominadora ou que não somos um verdadeiro Dom. Isto não significa que um parceiro não deva indicar o que quer ou que não está feliz ou satisfeito na relação, mas lá por não sermos o “tipo” de Dominadora que procuram (o que acontece), não significa que não sejamos Dominadoras de uma forma que seja autêntica e válida para nós. Pode simplesmente significar que não estamos numa relação compatível.

Se o nosso parceiro está a reclamar relativamente à dinâmica D/s, ajuda se falarmos sobre os detalhes daquilo que queremos um do outro e se conseguimos encontrar um lugar que satisfaça todas as pessoas envolvidas; é muito mais útil do que acusar o nosso parceiro de falso o fingido. Isto também é válido para um submisso. Podem não ser aquilo que procuram, mas não faz de eles falsos.

É um assunto que não é fácil de discutir. Cada indivíduo tem experiências diferentes e subjectivas. Vivemos as nossas vidas de dentro para fora, e penso que não é útil ser-nos dito (ou dizermos) que não somos “verdadeiras” dominantes (ou submissas, ou gays, ou autores). Temos o direito de definir o que os “rótulos” significam para nós, e não devemos forçar os outros a viver segundo os nossos códigos pessoais. Podemos decidir que “rótulos” se aplicam a nós. Como sempre, quando estamos a conhecer outras pessoas e/ou a negociar as nossas interações, é importante clarificar o que os termos significam para nós. Estes termos significam coisas diferentes para pessoas diferentes, e lembre-se que suposições só nos metem em sarilhos.

Este assunto é interessante, e devemos pensar nele. Podemos chamar-nos Dominadoras, mas é importante saber porque é que o fazemos. Se está a encarnar uma personagem que a faz sentir desconfortável, e se o está a fazer para agradar outra pessoa, a longo prazo não vai correr bem, nem para si nem para o seu parceiro. Particularmente se está envolvida numa relação íntima duradoura. Tentar ser algo que não somos significa que, provavelmente, nos vamos desgastar ao tentar viver algo que realmente não sentimos e, no fim do dia, também não estamos a satisfazer as nossas necessidades.

Em suma, se se quer divertir com um roleplay no quarto de vez em quando, encenarem uma situação D/s pode ser muito divertido e sexy, mas não significa que sejam necessariamente um casal D/s. Muitos de nós podíamos beneficiar de uma aprendizagem em assertividade e liderança, mas isso também não fará de nós Dominadoras. Quando se trata de ser Dominadora ou submissa como identidade, significa que surge naturalmente do nosso ser. Pode ter os mais variados aspetos, mas o desejo existe, independentemente da pessoa com a qual esteja, quer seja solteira ou acompanhada, em cena, ou não. Faz parte de si.

Diferentes tipos de submissão

Estilos de submissão

Existem muitos níveis e versões de submissão. Uma forma de assegurar uma boa relação é comunicar exactamente aquilo pretende, tanto a nível pessoal como a nível sexual. Os Dominadores não lêem mentes. Os limites devem ser claros. Alguns submissos só se submetem em cenas sexuais e não nos outros aspectos das suas vidas, enquanto outros entregam as suas vidas a um Dominador.

Segue-se uma lista dos estilos de submissos mais comuns. É de notar que muitas vezes, os submissos não se inserem apenas num estilo, mas apresentam características de vários.

  • Submisso conceptual

Este tipo de submisso aprende tudo o que pode sobre o assunto lendo romances, livros de erótica, e tudo o que conseguir na net. Não tem qualquer experiência real ou concepção daquilo que é o BDSM.

  • Submisso mental

Este submisso inicia a submissão na sua mente. Este indivíduo é submisso dentro e fora do quarto. Frequentemente sentem a necessidade de se submeterem ou renderem a um dominador. A submissão é, em geral, mental mas também pode ser física. Uma vez rendido, o submisso pode tornar-se um recipiente vazio, preparado a ser moldado pelo Dominador. O Amor não é um requisito, pois é uma submissão mental.

  • Submissão romântica

Este submisso deseja entregar tudo sem se tornar um escravo. Um submisso romântico deseja o amor do seu Dominador. O ato de submissão é repleto de emoção e amor. Dão tudo em troca do amor e confiança do Dominador.

  • Submissão de quarto

Este tipo de submisso vive uma vida normal e até pode ser Dominador, mas quando entra no quarto, este papel é esquecido e este submete-se ao Dominador. A troca de poder acontece, e fica, dentro do quarto. Este tipo de submissão é quase sempre sexual.

  • O criado

Este tipo de submisso está apenas interessado em servir o Dominador. Este tipo de submissão normalmente não inclui actividade sexual. Estes submissos desempenham tarefas, limpam a casa, e organizam a agenda do Dominador. Este submisso satisfaz as suas necessidades ao fazer coisas para outros.

  • O escravo sexual

Este tipo de submissão/ submisso escolhe este tipo de vida pelo sexo, com uma pessoa, várias pessoas, ou de qualquer forma que se possa imaginar. Este tipo de submisso raramente tem limites no que toca a sexo e deixará um Dominador empregar a dor como método de excitação e libertação, com pouca ou nenhuma cautela.

  • O escravo

Diferente de um submisso, um escravo tem de se render completamente e ser completamente controlado por um Mestre. O escravo tem de se sentir como se fosse propriedade do Dominador. Podem tornar-se uma pessoa diferente depois de o Dominador o treinar. Quando o Mestre está contente, o escravo está contente.

  • Masoquistas provocadores

Este tipo de submisso “porta-se mal” constantemente para que o Dominador o castigue. Muitas vezes, este tipo de submisso é mal-encarado pela comunidade BDSM, pois consideram que estes submissos são demasiado fracos para pedirem honestamente o que querem.

  • O submisso carente

Estes tipos de submissos agem sempre de forma a captar a atenção tanto de outros submissos como de Dominadores. Colocam posts em sites para que outros tenham pena deles. Colocam fotos com pouca roupa, não por terem orgulho dos seus corpos, mas porque precisam de receber bons comentários, que validem os seus esforços. Normalmente são muito chatos.

  • O submisso Alfa

Este indivíduo acredita que é o maior submisso. Pensam que ninguém pode possuir tanto conhecimento, ou atingir o seu nível de submissão ou formação em termos de protocolo. Pensam estar um nível acima dos outros submissos e escravos. Tipicamente, estes indivíduos não são verdadeiros submissos. Lêem muitos livros e artigos sobre o estilo de vida, e até podem submeter-se a um Dominador, mas normalmente não têm experiência, e não sabem aplicar o conhecimento adquirido nos livros em situações reais. Também não sentem a necessidade de se submeterem internamente e só o querem fazer pela experiência.

Não se esqueça que é uma lista de tipos de submissos mais comuns, e que pode não se inserir num único estilo, mas sim em vários.

Pode até nem concordar com estas descrições, mas pelo menos espero que fique com uma ideia de que existem vários níveis de submissão, e que esta surge de várias formas.

Mas o que é Sadismo Sexual afinal?

Com certeza que enquanto praticante de BDSM sabe que há coisas que tiveram a sua origem tais como o sadismo sexual.

História do Sadismo Sexual

É de conhecimento geral, ou pelo menos dentro dos que aderiram a práticas sexuais menos normais em termos do que a sociedade aprova que o sadismo tem como base a excitação provocada ao ver o sofrimento alheio.

Basicamente, os praticante de sadismo atingem prazer quando humilham outro ou até mesmo têm tesão quando vêem que algo de mal está a acontecer ao próximo.

Em termos sexuais, o chamado de sadismo sexual tem como base o dominador humilhar tanto a nível psicológico como físico o seu escravo sexual, claro que toda esta envolvência é feita com o consentimento de ambos.

O nome de sadismo é originário pelo seu criador, um filósofo francês Donatien Alphonse François de Sade, ou como sempre ficará conhecido na história como o Marquês de Sade. O escritor tem várias obras de sua autoria mas a melhor e mais adequada a este tema será “A Filosofia na Alcova”, que descreve vários romances de cariz sexual dúbio e extremamente prazeroso, aconselhado a ser lido!

Dominação e Submissão

Quando quiser ter experiências sexuais com base no Sadismo terá que saber que este tem como forma de expressão sexual, o Bondage.

Vale tudo, a ideia é imobilizar o escravo sexual, através de amarras, algemas, camisas de forças ou lenços de seda, e a ideia é magoar o escravo sexual com palmadas, chicotes, chinelos entre outros. A sua imobilização cria a ideia de domínio total algo que satisfaz os sadistas e permite-lhes ter controlo total sobre o seu submisso.

Sadismo Sexual e Masoquismo

Por norma os termos acima referidos andam sempre de mão dada, passo a explicar, um sadista é alguém que gosta de magoar o outro e um masoquista é alguém que gosta de dor, quanto maior a dor infligida pelo dominador ou mestre melhor o escravo se irá sentir.

Por isso, quando há sessões sexuais de Sadismo e Masoquismo, quase sempre podemos encontrar duas ou mais pessoas envolvidas que tenham este tipo de preferência sexual.

Sadismo e Sadismo Sexual

Há que ter em conta que os termos referidos são diferentes, pois o Sadismo tem como base o prazer de alguém ficar feliz com a “infelicidade alheia” utilizando apenas termos de caracterização fácil, podendo nem sempre haver situações de cariz sexual e o Sadismo Sexual é o que está a ser apresentado neste artigo, estas sessões sexuais implicam sempre a envolvência de pelo menos duas pessoas, que tenham a certeza que querem experimentar.

Novos Praticantes Sexuais

Todas as experiências sexuais são importantes para a evolução de uma relação sexual, mas há que ter cuidado pois os envolvidos poderão ficar traumatizados caso não saibam no que se vão envolver.

O Sadista poderá humilhá-lo a nível psicológico e também a nível físico de tal forma que poderá vir a ressentir o dominador da experiência sexual, por isso, ambos têm que se pensar se estarão ou não preparados para que tal aconteça.

Deve de haver preparação de ambas as partes, principalmente a nível psicológico e reconhecimento que tudo o que acontecer durante a sessão de sadismo será apenas actuação e nada mais que isso, a escolha de uma palavra de segurança é extremamente aconselhada para que ninguém se sinta demasiado abusado.